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Partido Novo rompe tradição e busca coligações para reeleição de Zema em MG
05/04/2022 15:55 em Política

Ao romper uma tradição de só lançar chapas "puro-sangue", o partido Novo decidiu aderir às alianças para disputas eleitorais e vai fechar coligação na montagem da composição encabeçada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que em outubro buscará um novo mandato no estado.

É a primeira vez desde sua criação, há 11 anos, que o Novo sai em busca de alianças diante de um processo eleitoral. Zema, eleito em 2018, foi o único candidato do partido até agora a vencer uma disputa para comandar um estado no país.

Ainda que seja a primeira vez que formará aliança, o Novo pretende ir a fundo nas negociações e admite dar a outros partidos tanto a vaga de vice como a de senador na chapa.

O ex-secretário-geral do governo, Mateus Simões, que será o coordenador político da campanha de Zema, diz que as negociações estão em andamento. "Quanto à vaga de senador, já está bem conversado que será de outro partido. Em relação ao vice, ainda não está consolidado."

Zema foi eleito em Minas Gerais tendo Paulo Brant como vice-governador. O ex-companheiro de chapa do governador, no entanto, deixou o Novo em agosto do ano passado e migrou para o PSDB.

Mateus Simões afirma que o relacionamento de Zema com a Assembleia Legislativa foi o que motivou o partido a mudar de posição em relação a compor chapa com outras legendas na disputa pela reeleição. "Nosso grande desafio é conseguir um apoio maior dentro da Assembleia", diz.

Dos 77 deputados da Casa, apenas dois são do Novo. Nos melhores momentos do governador na Assembleia Legislativa, sua base de apoio mais fiel nunca ultrapassou 20 parlamentares, complicando a aprovação de projetos.

Simões, porém, diz que fazer alianças não significa que cargos no governo, caso Zema vença a eleição, serão entregues aos aliados. "Quem se aproxima da gente tem conhecimento disso", afirma.

O ex-secretário de Zema relata haver negociações para formação da chapa com partidos como o Aliança Brasil e o PP. Na sexta-feira (1), outra legenda que poderia fazer parte da coligação de Zema, o PL, anunciou que terá como candidato em Minas o senador Carlos Viana.

Uma foto do parlamentar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi postada nas redes sociais, indicando que o palanque de Viana no estado poderá ser utilizado pelo presidente.

O deputado Marcelo Álvaro Antônio (PL) também aparece na foto e deverá ser candidato ao Senado. Não foi feita citação quanto quem poderia ocupar a vaga de vice.

Conforme o calendário eleitoral, as convenções partidárias, que são realizadas para oficializar as alianças para a disputa de outubro, vão ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto.

Outro rival de Zema na disputa pelo Palácio Tiradentes será o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que, por sua vez, ao menos conforme o cenário atual, terá chapa "puro-sangue".

Kalil deverá ter como vice o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus, que deixou o PV e foi para o PSD. O candidato ao senado deverá ser Alexandre Silveira (PSD).

Os três aparecem em foto nas redes sociais, também publicada na sexta, ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e foram chamados de pré-candidatos pelo parlamentar. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já deixou claro ter interesse em que seu palanque no estado seja o do PSD.

Neste sábado (2) Zema participou em São Paulo do lançamento da pré-candidatura de Luiz Felipe D'ávila (Novo) ao Palácio do Planalto.

Ao longo dos primeiros dois anos de mandato do governador Zema o cenário político indicava a possibilidade de uma aliança entre o governador e Bolsonaro no estado.

Zema, como concorrente ao Palácio Tiradentes na eleição passada, chegou a pedir voto para o então candidato ao final de um debate com rivais na disputa pelo governo de Minas na televisão.

O pedido foi feito por Zema mesmo com seu partido tendo à época João Amoêdo como candidato à presidência, o que causou mal-estar dentro da legenda.

Nos últimos meses, o governador vinha dando sinais de insatisfação em relação ao governo Bolsonaro. O mais claro deles ocorreu ao longo da escalada dos preços dos combustíveis, em agosto de 2021.

Bolsonaro tentou culpar governadores, afirmando que a elevação nos preços ocorria por conta da alíquota do ICMS, imposto cobrado pelos estados. Em uma série de dez posts nas redes sociais, o governador de Minas rebateu as afirmações do presidente.

Antes, em março de 2021, como prova de alinhamento ao Palácio do Planalto, Zema chegou a não assinar carta emitida por governadores cobrando o governo federal a aquisição de mais vacinas contra a Covid.

Segundo Simões, nunca houve compromisso com o presidente Bolsonaro pela reeleição. O ex-secretário de Zema disse que a avaliação no partido é que, apesar da atual polarização entre Lula e Bolsonaro, é real a possibilidade de crescimento de alguém da chamada terceira via ao longo dos próximos meses.

Fonte: Folha de São Paulo

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