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Lula usa visita a Guiana e Caribe para modular discurso sobre Israel
02/03/2024 21:34 em Política

Em viagem anterior, presidente comparou atuação militar de Israel na região ao extermínio de judeus pela Alemanha nazista.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou sua 2ª viagem internacional de 2024 para reposicionar seu discurso sobre o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza e para aumentar sua influência na América Latina, especialmente em relação à Venezuela.

O chefe do Executivo brasileiro participou como convidado de honra da cúpula de chefes de Governo da Caricom (Comunidade do Caribe), realizada em Georgetown, na Guiana, na 4ª feira (28.fev.2024). Depois, o presidente seguiu para Kingstown, em São Vicente e Granadinas, no Caribe, onde participou na 6ª feira (1º.mar.2024) da 8ª cúpula de chefes de Estado da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Em 18 de fevereiro, quando estava em Adis Abeba (Etiópia), Lula comparou a operação militar de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler na Alemanha nazista. Disse que os palestinos estavam sendo alvo de um “genocídio”. O chefe do Executivo brasileiro foi duramente criticado pelo governo israelense e por entidades judaicas no Brasil.

Em discurso na Guiana na última viagem, Lula moderou a fala e repetiu que os palestinos estão sendo vítimas de um genocídio: “Um genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade porque questiona o nosso próprio senso de humanidade. E confirma uma vez mais a opção preferencial pelos gastos militares, em vez de investimentos no combate à fome na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe”.

Ao lado do presidente da Guiana, na 5ª feira (29.fev), o petista pediu paz na América do Sul. Sem citar a tensão entre guianenses e venezuelanos pela disputa da região de Essequibo, criticou os conflitos armados pelo mundo e disse que o continente sul-americano deve seguir sendo uma zona pacífica no planeta.

Mesmo ainda mantendo o tom duro e crítico ao conflito em Gaza, Lula recorreu a órgãos multilaterais, como a Celac e à ONU (Organização das Nações Unidas), para pedir que os ataques cessem.

O petista solicitou que os 5 integrantes permanentes do Conselho de Segurança da ONU coloquem um fim na “matança” de Israel contra palestinos na Faixa de Gaza: “Já são mais de 30.000 mortos. As vidas de milhares de mulheres e crianças inocentes estão em jogo. As vidas dos reféns do Hamas também estão em jogo. Eu quero terminar dizendo para vocês que a nossa dignidade e humanidade estão em jogo. Por isso é preciso parar a carnificina em nome da sobrevivência da humanidade, que precisa de muito humanismo”, declarou.

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