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Vamos dar R$ 80 bi a mais ao teto de gastos, diz Jereissati sobre texto alternativo à PEC do Estouro
22/11/2022 05:52 em Economia

Em entrevista à CNN, senador pontuou que o objetivo da proposta é "acalmar o mercado e satisfazer o governo"

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) confirmou, em entrevista à CNN nesta segunda-feira (21), que apresentará uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) alternativa à PEC do Estouro. O novo texto prevê R$ 80 bilhões a mais ao teto de gastos. A informação foi revelada pelo analista de política da CNN Caio Junqueira.

Jereissati afirmou que o objetivo da proposta é “acalmar o mercado e satisfazer o governo”, não “acabando” com o teto de gastos e garantindo um valor, segundo o senador, suficiente para que o nova administração federal eleita “cumpra todas as suas campanhas no campo social do governo”.

O parlamentar explicou que esse montante contempla a diferença para ampliação do Auxílio Brasil de R$ 405 — previsto no Orçamento de 2023 — para R$ 600.

 PEC do Estouro deve ser apresentada nesta terça-feira (22), conforme disse Wellington Dias, coordenador do Orçamento da equipe de transição, à analista de Política da CNN Basília Rodrigues.

“A PEC que está vindo amanhã apresenta possibilidade de gasto extra de até R$ 200 bilhões por 4 anos. Isso não foi bem recebido por, basicamente, nenhum setor importante da economia. Evidentemente, isso leva a uma trajetória de dívida muito perigosa”, avaliou Jereissati.

“Nós temos uma oportunidade de ouro. Hoje, com o novo governo, com os problemas que a Europa está enfrentando de energia por causa da guerra da Ucrânia – que só piora – e a ânsia, necessidade de energias limpas e alternativas, o Brasil é o ponto ideal, quase, para o investimento”, acrescentou.

O parlamentar também disse que não conversou com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) sobre a proposta, mas que deve fazê-lo nesta terça-feira (22).

Ele também pontuou que, através do economista Fernando Veloso, enviaram à equipe de transição a ideia “para que estudassem”.

“No meio dos economistas, alguma receptividade e entendimento da proposta acredito que tenha. Vai ter sempre alguma discussão em torno do número”, observou.

Ao mesmo tempo, advertiu que há “dificuldade com o governo para entender quem é o interlocutor”. “Vemos várias pessoas se pronunciando sobre economia e não vemos o grupo de transição econômico se pronunciando sobre a PEC”, destacou.

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