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Chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin estava em avião que caiu, dizem autoridades russas
23/08/2023 20:49 em Mundo

Prigozhin foi um principais personagens da invasão russa à Ucrânia

Autoridades russas confirmaram que o líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava a bordo de avião que caiu na Rússia.

A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia incluiu o nome de Prigozhin em uma lista daqueles “declarados como viajando a bordo do avião acidentado”.

O nome de Prigozhin está listado ao lado de outros seis passageiros e três tripulantes. Entre os nomes, está também o do comandante e cofundador do grupo Wagner Dmitry Utkin.

 

Os dez ocupantes morreram quando a aeronave caiu perto da cidade de Tver. Todos os corpos foram recuperados, segundo a agência russa.

Não está claro o que ocorreu com o avião, se foi abatido ou se houve uma explosão a bordo, por exemplo. Uma investigação criminal foi aberta para analisar a queda do avião, que é de fabricação da brasileira Embraer.

O ministério acrescentou que o avião caiu perto do assentamento de Kuzhenkino, na região de Tver, a 350 km de Moscou.

Anteriormente, um canal do Telegram ligado ao Wagner, Gray Zone, informou que o jato foi abatido pelas defesas aéreas na região de Tver, ao norte de Moscou.

Imagens autenticadas pelo serviço de checagem BBC Verify mostram o momento em que um avião pega fogo após cair do céu em Kuzhenkino, na Rússia.

Especulações nos canais do Telegram indicaram que o avião acidentado era um jato Embraer Legacy com número de série RA-02795.

Os dados de rastreamento no FlightRadar24 – um popular site de rastreamento de voos – não mostram de onde ele partiu.

Hoje cedo ele apareceu perto de Moscou, onde subiu a uma altitude de quase 29.000 pés (8.800 m) antes que os dados mostrassem que ele caiu repentinamente.

O avião está registrado na Autolex Transport, que o governo dos EUA considera vinculada a Yevgeny Prigozhin.

Os registros de voo do avião agora estão parcialmente inacessíveis através do FlightRadar24.

Mas a aeronave fez várias viagens de e para Moscou e São Petersburgo nos últimos meses, e foi retratado pelos meios de comunicação locais na Belarus, onde se pensa agora que o grupo Wagner está sediado.

Ontem, Prigozhin havia divulgado seu primeiro discurso em vídeo desde seu motim fracassado na Rússia.

O vídeo indicava que ele estava na África e foi postado em canais do Telegram ligados ao grupo.

As imagens mostram Prigozhin em traje de combate, dizendo que o grupo está tornando a África "mais livre".

A BBC não conseguiu confirmar onde o vídeo foi gravado.

Acredita-se que o grupo Wagner tenha milhares de combatentes no continente africano, onde tem interesses comerciais lucrativos.

Prigozhin foi um principais personagens da invasão russa à Ucrânia ao comandar, à frente do exército privado de mercenários, uma rebelião de curta duração contra o governo russo no início de junho.

Durante meses, o nome de Prigozhin foi associado ao papel cada vez mais central que seu grupo mercenário está desempenhando na guerra na Ucrânia.

Ele recrutou milhares de criminosos nas prisões da Rússia - não importando quão graves tenham sido os crimes dos condenados, desde que eles concordassem em lutar na Ucrânia.

Antes de a Rússia iniciar o que se tornou o pior conflito armado na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, Prigozhin foi acusado de interferir nas eleições americanas e de expandir a influência russa na África.

Após uma dura troca de acusações, o grupo Wagner e o governo russo romperam relações.

Na manhã do dia do golpe fracassado, em 24 de junho, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Prigozhin de "traição" e de lhe dar "uma facada nas costas".

Depois de um acordo para encerrar o impasse, as acusações contra ele foram retiradas e houve uma oferta para que ele se mudasse para Belarus.

Fonte: BBC News Brasil

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