Nesta semana, após uma tensa negociação entre a cúpula da ONU e técnicos da entidade, o departamento que se ocupa de ajuda humanitária na instituição decidiu que não havia alternativa: o dinheiro havia terminado e a assistência para um total de 10 milhões de afegãos estava suspensa.
O caso, porém, é apenas um espelho de um fracasso coletivo da organização para convencer os países ricos a garantir recursos para que alimentos, remédios ou cobertores cheguem a milhões de pessoas pelo mundo.
Em 2023, a ONU estima que precisa de mais de US$ 50 bilhões para sair ao resgate de 250 milhões de pessoas. Mas, faltando apenas quatro meses para acabar o ano, apenas 30% dos recursos foram enviados.
É neste cenário de colapso dos organismos internacionais, de tensão militar, de empobrecimento de milhões de pessoas, do salto da fome e de uma profunda rivalidade entre países que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva assume a presidência do G20.
Neste fim de semana, o governo da Índia realiza sua cúpula, que também marca o fim de sua presidência. Mas o evento corre o sério risco de se transformar num fiasco.
Ainda que oficialmente o governo brasileiro comece a organizar as reuniões a partir de dezembro, será neste domingo que Lula fará um discurso para delinear as prioridades da presidência do Brasil no bloco que representa mais de 80% da economia mundial.
fonte UOL