Offline
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
"Quando relembram, é como se vivessem tudo novamente", diz advogada de vítimas do caso Camaragibe
22/09/2023 21:15 em Policial

Família de grávida e adolescente baleados vivencia momentos de tensão

Iniciado na noite da última quinta-feira (14), o drama da família que foi vitimada durante uma ação policial em Camaragibe ainda não tem data para acabar. O caso, que se desdobrou em oito homicídios, atingiu diretamente vidas que não tinham relação com a situação

Além da morte de dois policiais, do suspeito de assassiná-los e cinco de seus familiares, outras três pessoas de uma mesma família sofreram com o desenrolar do caso e agora vivem momentos de angústia. Entre elas, Ana Letícia, que está grávida de sete meses.

De acordo com um dos advogados da mulher, Aline Maciel, o núcleo familiar está sensibilizado.

“A mãe da Ana está muito abalada. Cada vez que eles relembram a situação é como se estivessem vivenciando tudo novamente”, afirmou. 

Com apenas 18 anos, a jovem estava nas casas dos pais quando foi surpreendida pela chegada de Alex Silva, conhecida como Alex Samurai. Naquele momento, o homem, que possuía registro como colecionador, atirador e caçador (CAC), fugia de dois policiais que teriam sido chamados para atender uma ocorrência de disparos de arma de fogo na localidade.

Na tentativa de escapar, Alex teria utilizado Ana Letícia como escudo humano. Durante a troca de tiros do atirador com os policiais, a jovem, que estava com uma criança no colo, foi atingida gravemente por um disparo na cabeça.

A mulher perdeu a visão de um olho e parte da massa encefálica. Ela permanece internada no Hospital da Restauração, onde está entubada e em coma induzido. No momento, o estado de saúde dela e do bebê são considerados estáveis. 

Além de Ana, outra pessoa da mesma família também foi atingida por um disparo. Um adolescente de 14 anos, que é primo da jovem e estava na residência no momento da ação policial, foi baleado com um tiro na cabeça enquanto tentava socorrer a grávida.

De acordo com um dos advogados da família, Jean William, o disparo foi efetuado por policiais quando o menino já estava caído no chão. A ação teria sido realizada por PMs que foram até o local como reforço após a troca de tiros inicial que vitimou fatalmente o policial Eduardo Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos.

Jean destaca ainda que apesar de não ter relação com o caso, o menino, que também foi socorrido para o Hospital da Restauração, teria permanecido algemado à maca e cercado por policiais até a chegada dos seus defensores legais. O adolescente recebeu alta nesta segunda.

Na sequência, enquanto a família tentava socorrer Ana Letícia, o carro utilizado pelo pai da jovem para o deslocamento até uma unidade de saúde ainda teria sido perseguido e alvejado por policiais, que só teriam cessado os disparos depois que os familiares da grávida abriram a porta do carro e comprovaram estar socorrendo uma mulher. 

Fonte: Folha de Pernambuco

 

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!