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Gás natural: a queda de braço pela redução das tarifas em Pernambuco; categoria aguarda 10 dias para reavaliação
14/11/2023 09:04 em Economia

Motoristas de aplicativos se uniram a taxistas, kombeiros, condutores escolares e representantes de empresas instaladoras

A queda de braço que traz, de um lado, motoristas e empresas que utilizam o Gás Natural Veicular (GNV) e, do outro, a distribuição direta do setor, ainda se mostra distante de chegar ao fim. A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) não deu sinais de recuo no reajuste médio de 32,8%, o que levou o combustível a saltar cerca de R$ 0,90 por metro cúbico, batendo R$ 4,25 no preço final ao consumidor. Os profissionais que atuam por meio de aplicativos de transporte, se uniram a taxistas, kombeiros, condutores escolares e representantes de empresas instaladoras para o chamado “Dia D” de Protestos. Uma nova agenda está programada para o próximo dia 24 deste mês.

 

 

Entre as pautas para atenuar o peso no bolso, foi apresentada a ideia da criação de um modelo de cashback do abastecimento; além de um voucher para utilização em manutenção automotiva e, ainda, o aporte de incentivos fiscais para baratear a conversão. "A gente sente isso no dia a dia, no sustento das nossas famílias. É um aumento que gera um gasto bem maior que antes, na faixa de R$ 800 a R$ 1 mil por mês. Um valor que, infelizmente não conseguimos repassar para o passageiro", diz o motorista Anderson Câmara. A insatisfação é compartilhada por Renan Paixão, que também trabalha no segmento. "O fornecedor só pensa em lucrar e acaba prejudicando toda a nossa cadeia, dificultando que possamos honrar com os nossos compromissos. Muitos já estão com atraso, por exemplo, na parcela do financiamento do carro, sob o risco de perdê-lo", revelou.

 

O empresário, Juan Felipe, que atua, há oito anos, no ramo de conversão veicular, com unidades no Recife e no Cabo de Santo Agostinho, diz que já sente a queda na procura pelo serviço. "Podemos observar uma redução entre 40% e 50% na busca por novas instalações. O valor é considerável e logo os particulares e também as empresas com frota começarão a recuar, por não encontrarem rentabilidade expressiva", afirmou, lembrando o investimento que hoje gira em torno de R$ 4,3 mil a R$ 5 mil.

 

O diretor do Instituto Brasileiro de Inspeção Técnico Veicular (IBRA-ITV), Wagner Barbosa, diz que o reajuste foi um golpe duro em um setor que já vem sofrendo perdas sistemáticas. “Certamente teremos milhares de empregos perdidos em toda a cadeia do GNV, desde a parte de instalação, venda de componentes, órgãos de inspeção, despachantes, e demais segmentos. Todos com o seu sustento seriamente arriscado”, aponta.

 

Ao Diario, a Copergás, órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, informou que o aumento é uma resposta a ampliação dos custos de aquisição do gás natural, os quais são definidos pelas empresas supridoras de gás, citando companhias como a Petrobrás, Shell e New Fortress. A concessionária disse, ainda, que o cenário se dá em virtude do ambiente geopolítico, do preço do petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio. “A tarifa aprovada mantém o gás distribuído em Pernambuco como um dos mais acessíveis e competitivos, sendo o quarto mais barato do Brasil”, declarou a entidade.

Fonte: Diário de Pernambuco 

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