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Análise: Ucrânia deixou de receber ajuda consistente da Europa
17/12/2023 08:27 em Mundo

Presidente ucraniano busca apoio financeiro com líderes mundiais para a guerra contra a Rússia.

A decisão da União Europeia de abrir negociações com a Ucrânia para se juntar ao bloco é um passo importante e um grande momento simbólico. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, passou os últimos dias ressaltando aos outros representantes europeus como a adesão à União Europeia era importante para a Ucrânia.

Mas as celebrações em Kiev foram esfriadas quando a UE disse que não conseguiu chegar a um acordo sobre o envio de 55 bilhões de dólares para a Ucrânia.

Isto é muito mais do que um tropeço no caminho para a Ucrânia. Depois de meses de temores entre os ucranianos e outros europeus, o Ocidente – tão unido pela Ucrânia desde fevereiro de 2022 – cansou das intermináveis conversas sobre ajuda.

Os momentos individuais são importantes na diplomacia. Os momentos simbólicos também têm significado e a decisão de iniciar as negociações de adesão da Ucrânia envia uma mensagem ao Kremlin. Mas o contexto muitas vezes importa mais.

Nos últimos meses, particularmente, desde que o conflito Israel-Hamas mudou a atenção da Ucrânia, o sentimento de fadiga ocidental geral sobre a Ucrânia ficou mais forte. Os pedidos por dinheiro nos EUA se somaram com disputas na Europa de uma forma que cria um quadro geral do cansaço ocidental.

É neste contexto que os anúncios da União Europeia de quinta-feira (14) devem ser vistos.

Sim, a adesão ao bloco é uma prioridade fundamental, mas as etapas complicadas da UE significam que ainda pode levar mais de uma década e exige que a guerra acabe, de uma forma ou de outra.

Isso significa que a Ucrânia em tempo de guerra nunca conseguirá realmente a adesão à UE, independentemente do que a próxima década nos reserva.

E dado o quão difícil foi chegar ao acordo de quinta-feira (14), é importante lembrar que durante todo o processo de adesão, haverá amplas oportunidades para os estados-membros criarem oposição – principalmente a Hungria.

Qualquer país que seja atualmente um beneficiário dos fundos da UE ficará com menos se a Ucrânia aderir ao bloco, enquanto os contribuintes verão a sua taxa de adesão à União Europeia subir. A Europa apoia a Ucrânia, claro, mas o dinheiro fala na UE.

Fonte: CNN BRASIL

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